Bom, agora que já entendemos tudo de Petróleo, motores, funcionamento
etc, vamos então chegar na parte do Óleo Lubrificante que o consumidor vê mas,
quase nunca, sabe o que significa aquele monte de letrinhas...
4 – Depois
de tudo o que lemos até aqui sobre os Óleos Lubrificantes, sabemos portanto que
as principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o índice de viscosidade e a densidade; sabemos
que a viscosidade determina a dificuldade para que o
óleo escorra , que quanto mais viscoso for um lubrificante – grosso –, é mais
difícil escorrer e, portanto, é maior sua capacidade de manter-se entre as
peças móveis lubrificando-as. Essa viscosidade não é constante, variando com a
temperatura que, quando aumenta, diminui a viscosidade e o óleo escoa com mais
facilidade. O Índice de Viscosidade aponta a variação da viscosidade com a
temperatura, ou seja, quanto maior o índice, menor será a variação de
viscosidade do óleo; e a densidade indica a massa de um volume de óleo a uma
certa temperatura, sendo importante para indicar se há contaminação ou
deterioração de um lubrificante. Para facilitar a identificação do Óleo
Lubrificante, existem várias classificações, sendo as mais usuais a SAE e a
API.
A Classificação SAE foi estabelecida
pela Society of Automotive Engineers – Sociedade dos Engenheiros
Automotivos dos Estados Unidos, classificando
os Óleos Lubrificantes pela viscosidade, indicada por um número e, logicamente,
quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante, que é dividido em três
categorias:
Óleo
de Verão: SAE 20,
30, 40, 50, 60. Os números indicam o grau de viscosidade.
Óleo de
Inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W. Os números
indicam a temperatura que suportam antes de congelar.
Óleo Multiviscoso (Verão e Inverno): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50. A letra
W é do inglês Winter, que significa Inverno. Os números indicam a viscosidade e
a temperatura de congelamento.
A Classificação
API foi desenvolvida
pelo American Petroleum
Institute – Instituto Americano do Petróleo, também nos Estados Unidos, e baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, ou seja, no tipo de serviço do qual o motor estará
sujeito, sendo classificados por duas letras, a primeira indicando o tipo de combustível e a segunda o tipo de serviço. São elas o S – de Service
Station ou Posto de Gasolina em inglês, para uso em motores a Gasolina, etanol,
Etanol e GNV, ou C – de Compression, para motores a Diesel. A segunda letra é
por ordem alfabética, iniciando-se pelo A, e indica o grau de evolução do Óleo,
sendo então o Óleo classificado como SA, SB, SC, SE, SF, SG, SH, SJ e
SL. A classificação mais atual é a API SL; então, quando é indicado um Óleo com
classificação SJ, pode-se usar um Óleo SL, mas o contrário não é recomendado.
Essa regra vale para os motores a Diesel também, somente até a classificação
CD, seguindo a evolução das letras do alfabeto: CA, CB, CC, CD, CE, CF, CG, CH
e CI. Há também uma separação da categoria em mais dois ramos, o CD-II e outro
mais recente CF-2. Por último, temos o Óleo Lubrificante
para motores a gasolina 2 tempos, que abrangem 3 níveis de desempenho: API TA,
TB e TC.
Basicamente, para que não haja
problemas decorrentes de contaminação ou envelhecimento, o Óleo Mineral do
motor deve ser substituído a cada 5.000 km, o Óleo Semi-Sintético a cada 7.500
km e o Óleo Sintético a cada 10.000 km. Pense, no entanto, que o tempo em que o
carro fica em marcha lenta ou parado no trânsito, colabora com os 17% de perda
de energia gerada pelo motor nessas condições. Isso significa que o fato de o carro
estar parado com o motor em funcionamento quer dizer que o tempo de vida do
Óleo Lubrificante está sendo reduzido.
Renato Pereira – blogtruecar@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário