Quando a Ford criou seu esportivo, no
século 19, o batizou com o nome de sua única e pura raça de cavalo selvagem, o
Mustang. Essa associação de carros potentes com animais selvagens é mundial,
onde pumas, lobos, jaguares, cobras e outros representantes bravos e velozes da
fauna emprestam seus nomes a carros que pretendem dar continuidade aos mitos
criados em torno de suas famas. Alguns afirmam que o nome escolhido foi em
homenagem ao melhor avião de caça norte-americano na II Guerra Mundial, o North
American P51 Mustang, mas não me parece provável que a Ford pensasse batizar
seu carro homenageando um avião com motorização Rolls-Royce e conhecido como o
Cadillac dos Céus...
Lançado em 1964, derivado inicialmente
do Falcon, o Mustang é hoje o modelo mais antigo em produção pela Ford,
evidentemente que sofrendo, ao longo dos anos, inúmeras mudanças e refinamentos,
com fases de ouro como quando dos modelos Mach 1, com sua quase extinção quando
do acesso de loucura que levou a montadora norte-americana a lançar o Mustang
II em 1974, seguido por outro desastre denominado Terceira Geração entre 1979 e
1993, e um esboço de cura do surto se iniciando com a Quarta Geração em 1994,
que culminou com a volta de tudo o que se espera de um verdadeiro Mustang em
sua Quinta Geração, lançada em 2005 e
aperfeiçoada até hoje.
Como mencionado em outra matéria,
existem pessoas que fazem, não esperam acontecer. Enquanto alguns pensam como
seria bacana isso ou aquilo, outros simplesmente vão lá e fazem. Como o
engenheiro Jack Roush, por exemplo. O que lhe falta em tamanho sobra em
competência, empreendedorismo e visão. Ah, e dinheiro, claro. Com experiência acumulada
nas corridas da Nascar, contando com o crédito que a Ford começou a lhe
oferecer em virtude de seus resultados nas pistas, Jack fundou, em 1995, a
Roush Performance, agregando-a a um já imenso conglomerado de empresas voltadas
ao automóvel e ao automobilismo, para trazer sua tecnologia de corridas para os
carros de rua.
Dessa forma, a Roush Performance
desenvolve, fabrica e comercializa peças e equipamentos de alto desempenho para
os modelos de série da Ford, principalmente o Focus, a F150 e o Mustang. Os
carros recebem novos pacotes internos, externos, e, nos mais elaborados,
motores e transmissões inteiramente novos, com blocos, cabeçotes, bielas,
pistões etc produzidos pela própria Roush. Seus carros, depois de prontos e
testados, são vendidos ao
público através de concessionárias Ford selecionadas, mesclando as garantias,
de acordo com o volume de alterações – suspensões, carroceria, interior, freios
e trem de força – entre a Ford e a própria Roush, que aplica, também, sua
plaqueta de identificação. Isso significa, simplesmente, que independente de
quem assina, o cliente tem todas as garantias normalmente.
Entre todos os modelos preparados pela Roush Performance, certamente
os mais potentes e, obviamente mais desejados, são a pick-up F150 e o Mustang,
esse com várias versões de acabamento e preparação. O primeiro nível é o RS,
com motor V6, 3,7 litros original de 305 Cv, body kit, pintura, rodas e algumas
modificações interiores. Em seguida vem o Stage 1, com motor V8 5,0 litros original
de 412 Cv, body kit, pintura, rodas e modificações
interiores; o Stage 2 mantém o mesmo motor, body kit, pintura, rodas, as
modificações interiores do Stage 1 e ganha uma nova suspensão, e a quinta essência do carro é o Stage 3, quando
tudo o que se acumulou até o Stage 2 é complementado com um novo sistema de
escape, para dar vazão ao novo V8 5,0 litros que, com a adição de um
Supercharger Eaton TVS 2300 – não sabe o que é? Esqueceu? Leia aqui: http://www.blogtruecar.blogspot.com.br/2013/08/motor-supercharger-o-nome-e-bonito-mas.html
– e diversas mudanças internas passou a chamar-se Coyote e catapultou a
potência de 412 Cv para absurdos 600 Cv. Todos os motores, apesar de a maioria
permanecer com suas configurações originais, recebem “maquiagem” Roush, como
tampas de válvulas e demais detalhes personalizados, assim como tanto o coupé
quanto o conversível são oferecidos em todos os níveis. As transmissões são
manuais de 6 velocidades ou automáticas com 8 marchas, opcionais. Várias
empresas de enorme conceito e prestígio, como a Shelby, por exemplo, buscam na
Roush Performance para fornecer seus motores.
Os
preços? Não, ninguém precisa ser príncipe saudita para conseguir comprar
qualquer um dos Mustang Roush Coupé. O RS custa em torno de US$4.000 além do
valor do carro original, enquanto o Stage 1 pronto custa em média US$45.000, o
Stage 2 US$ 47,000 e o Stage 3 por volta de US$70.000. O que faz variar os
valores são os itens de acabamento possíveis. Não, você não precisa ir até os
Estados Unidos comprar a versão que escolheu. Entre em contato com a Bana
Motors (www.banamotors.com) em Curitiba
ou com a Bremen Motors (www.bremenmotors.com.br)
em São Paulo, monte seu Pacote de acordo com seu gosto e depois é só esperar o
desembarque de sua nova – e exclusiva – jóia!
Renato
Pereira – blogtruecar@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário