sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mustang Roush Stage 3: Simple the Best!



Quando a Ford criou seu esportivo, no século 19, o batizou com o nome de sua única e pura raça de cavalo selvagem, o Mustang. Essa associação de carros potentes com animais selvagens é mundial, onde pumas, lobos, jaguares, cobras e outros representantes bravos e velozes da fauna emprestam seus nomes a carros que pretendem dar continuidade aos mitos criados em torno de suas famas. Alguns afirmam que o nome escolhido foi em homenagem ao melhor avião de caça norte-americano na II Guerra Mundial, o North American P51 Mustang, mas não me parece provável que a Ford pensasse batizar seu carro homenageando um avião com motorização Rolls-Royce e conhecido como o Cadillac dos Céus...
Lançado em 1964, derivado inicialmente do Falcon, o Mustang é hoje o modelo mais antigo em produção pela Ford, evidentemente que sofrendo, ao longo dos anos, inúmeras mudanças e refinamentos, com fases de ouro como quando dos modelos Mach 1, com sua quase extinção quando do acesso de loucura que levou a montadora norte-americana a lançar o Mustang II em 1974, seguido por outro desastre denominado Terceira Geração entre 1979 e 1993, e um esboço de cura do surto se iniciando com a Quarta Geração em 1994, que culminou com a volta de tudo o que se espera de um verdadeiro Mustang em sua Quinta Geração, lançada em  2005 e aperfeiçoada até hoje.


Como mencionado em outra matéria, existem pessoas que fazem, não esperam acontecer. Enquanto alguns pensam como seria bacana isso ou aquilo, outros simplesmente vão lá e fazem. Como o engenheiro Jack Roush, por exemplo. O que lhe falta em tamanho sobra em competência, empreendedorismo e visão. Ah, e dinheiro, claro. Com experiência acumulada nas corridas da Nascar, contando com o crédito que a Ford começou a lhe oferecer em virtude de seus resultados nas pistas, Jack fundou, em 1995, a Roush Performance, agregando-a a um já imenso conglomerado de empresas voltadas ao automóvel e ao automobilismo, para trazer sua tecnologia de corridas para os carros de rua.


Dessa forma, a Roush Performance desenvolve, fabrica e comercializa peças e equipamentos de alto desempenho para os modelos de série da Ford, principalmente o Focus, a F150 e o Mustang. Os carros recebem novos pacotes internos, externos, e, nos mais elaborados, motores e transmissões inteiramente novos, com blocos, cabeçotes, bielas, pistões etc produzidos pela própria Roush. Seus carros, depois de prontos e testados, são vendidos ao público através de concessionárias Ford selecionadas, mesclando as garantias, de acordo com o volume de alterações – suspensões, carroceria, interior, freios e trem de força – entre a Ford e a própria Roush, que aplica, também, sua plaqueta de identificação. Isso significa, simplesmente, que independente de quem assina, o cliente tem todas as garantias normalmente.


Entre todos os modelos preparados pela Roush Performance, certamente os mais potentes e, obviamente mais desejados, são a pick-up F150 e o Mustang, esse com várias versões de acabamento e preparação. O primeiro nível é o RS, com motor V6, 3,7 litros original de 305 Cv, body kit, pintura, rodas e algumas modificações interiores. Em seguida vem o Stage 1, com motor V8 5,0 litros original de 412 Cv, body kit, pintura,  rodas e modificações interiores; o Stage 2 mantém o mesmo motor, body kit, pintura, rodas, as modificações interiores do Stage 1 e ganha uma nova suspensão,  e a quinta essência do carro é o Stage 3, quando tudo o que se acumulou até o Stage 2 é complementado com um novo sistema de escape, para dar vazão ao novo V8 5,0 litros que, com a adição de um Supercharger Eaton TVS 2300 – não sabe o que é? Esqueceu? Leia aqui: http://www.blogtruecar.blogspot.com.br/2013/08/motor-supercharger-o-nome-e-bonito-mas.html – e diversas mudanças internas passou a chamar-se Coyote e catapultou a potência de 412 Cv para absurdos 600 Cv. Todos os motores, apesar de a maioria permanecer com suas configurações originais, recebem “maquiagem” Roush, como tampas de válvulas e demais detalhes personalizados, assim como tanto o coupé quanto o conversível são oferecidos em todos os níveis. As transmissões são manuais de 6 velocidades ou automáticas com 8 marchas, opcionais. Várias empresas de enorme conceito e prestígio, como a Shelby, por exemplo, buscam na Roush Performance para fornecer seus motores.
 Os preços? Não, ninguém precisa ser príncipe saudita para conseguir comprar qualquer um dos Mustang Roush Coupé. O RS custa em torno de US$4.000 além do valor do carro original, enquanto o Stage 1 pronto custa em média US$45.000, o Stage 2 US$ 47,000 e o Stage 3 por volta de US$70.000. O que faz variar os valores são os itens de acabamento possíveis. Não, você não precisa ir até os Estados Unidos comprar a versão que escolheu. Entre em contato com a Bana Motors (www.banamotors.com) em Curitiba ou com a Bremen Motors (www.bremenmotors.com.br) em São Paulo, monte seu Pacote de acordo com seu gosto e depois é só esperar o desembarque de sua nova – e exclusiva – jóia!

Renato Pereira – blogtruecar@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário