O futuro já chegou. Quer dizer,
futuro mais ou menos. Não, longe de desmerecer qualquer iniciativa, mas a
verdade é que o primeiro automóvel elétrico ganhou as ruas no século 19, e sua
invenção, pra variar, é atribuída a diversos pesquisadores distintos, em locais
dispares, e que não se conheciam. Em 1828, o
húngaro Anyos
Jedlik desenvolveu um motor
elétrico primitivo e criou um pequeno carro, alimentado por esse motor. Em 1834, Vermont
Ou seja:
toda essa correria atual, envolta pelas bandeiras da sustentabilidade, proteção
do meio-ambiente, pavor com a poluição, esgotamento dos combustíveis fósseis
etc, é mais uma balela forçada em nossas goelas. O conceito, o sistema e a
tecnologia já existia, mas simplesmente foi relegada ao fundo mais profundo das
gavetas por interesses financeiros. Como sempre, dane-se o povo, o que
interessa é muito dinheiro no bolso de poucos, e a interminável ambição de
nações controlarem outras nações. Alguém acredita, mesmo, que o desenvolvimento
de qualquer outro meio de fornecimento de energia e propulsão não tenha sido
barrado em favor do petróleo, o produto que mais gera guerras, investimentos em
extração e sustento de diversos países pelo mundo afora? Se acredita, esta na
hora de pendurar a meia na lareira e esperar a visita do Papai-Noel... ah, mas
a matéria-prima para a produção das baterias, por exemplo, é muito cara. Não é
não. Nem cara, tampouco rara, e pode ser feita em laboratório. Só
não é, ainda, interessante, tem muito país sobrevivendo exclusivamente do
petróleo. Essa história ainda vai longe.
Bem, por
esse ou aquele motivo, a verdade é que esse é o mundo em que vivemos, gostando
ou não, podendo muda-lo ou não. Então, como “a banda toca” agora que, carros
elétricos são a ultima novidade da tecnologia automobilística, vamos ver o mais
novo produto lançado no mercado mundial, o BMW i3!
A
apresentação do i3 aconteceu simultaneamente em Nova Iorque , Londres e
Pequim, atingindo, assim, os três continentes que compõem hoje o Primeiro
Mundo. Trata-se do primeiro modelo totalmente elétrico produzido em série pela
montadora alemã, com
as primeiras unidades chegando às concessionárias em novembro do ano corrente.
O i3 é um carro para uso urbano, com autonomia entre 130 a 160 quilômetros de
carga; segundo estudos, é mais do que suficiente, uma vez que a distância média
diária, percorrida pelo usuário, é de 64 quilômetros .
Esses dados comprovam que o Brasil passou longe de ser pesquisado. Entre o
bairro do Tatuapé, na zona leste, e o bairro de Interlagos, na zona sul de São
Paulo, a distância é bem maior... porém, se necessário, o BMW i3 pode carregar
um
extensor de autonomia (Range
Extender), que mantém a carga da bateria de lítio-ion em um nível constante,
sendo recarregada em movimento, por meio de um motor a gasolina de dois
cilindros com 25 Cv, que produz 34 kW, aumentando o alcance máximo do carro para
cerca de 300
quilômetros . É, no fundo nada mais é do que um hibrido,
só que ao contrário!
O preço básico do BMW i3 é de €34.950
euros na Alemanha. Se equipado com o Se equipado com o Range Extender, esse
preço pula para €39.450. Extensorzinho caro, esse!
Durante um período de três anos, os
custos de manutenção e utilização do BMW i3 são bastante baixos, uma vez que
não tem muito o que quebrar. Diferentemente dos motores de combustão interna e
suas centenas de peças móveis e atritantes, um motor elétrico não tem nada,
além dos rolamentos do eixo, que se desgaste.
O BMW i3 é construído em fibra de
carbono na carroceria e alumínio no chassi, uma construção leve, com peso total
de 1.195 kg ,
o que contribui para a agilidade e desempenho, com a potência máxima do sistema
elétrico ser de 125 kW ou 170 Cv, fazendo de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e
atingindo a velocidade máxima – limitada – de 150 km/h , o que,
convenhamos, para um carro urbano está prá lá de suficiente!
A pergunta é: vai estar a venda no
Brasil? Não sei. Mas acho difícil. Se outros países são presos pelo petróleo
com as 8 potências, o Brasil é preso ao cubo, e não haverá nenhum interesse em
que essa situação mude. Logo, acredito que uma importação independente,
particular, seja possível, a um custo exorbitante, mas ter o i3 importado
oficialmente pela BMW do Brasil... não acredito.
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