O projeto foi todo desenvolvido pela
japonesa Mazda (chamado 121 ou Soho), antes de ser incorporada pela montadora
de Detroit. A proposta era um carro da categoria Super-Mini (na classificação
norte-americana), originalmente sob o nome de Bobcat, e foi aprovada por Henry
Ford II em setembro de 1972. O carro teria uma distância entre eixos mais longa
do que o Fiat 127, mas com o comprimento total mais curto; a proposta final foi
desenvolvida por Tom Tjaarda, do estúdio Ghia, e o aprovado para a produção no outono
1973, com os centros de engenharia da Ford em Colônia e Essex trabalhando em
conjunto. Com uma estimativa de produção de 500 mil Fiesta produzidos
anualmente, a Ford construiu uma fábrica totalmente nova perto de Valência, na
Espanha, uma unidade fabril em Bordéus, França e outras extensões de montagem
em Dagenham, Reino Unido, com a montagem final sendo executada em Valência.
Nós, por aqui, nem sonhávamos com a existência do modelo. Isso só ocorreu em
meados de 1997, quando a terceira geração do Fiesta, lançada em 1989, começou a
desembarcar por aqui. E empacou, porque o design era positivamente medonho,
mesmo para a época, em que 99% de nossa frota era composta por carros com
design medonho. Sendo uma reformulação da segunda geração (que por sua vez era
uma reformulação do original 1976..), o Fiesta consertou um daqueles erros que
ninguém compreende, o principal ponto fraco da gerações anteriores, que era uma
versão com 5 portas, e que dava imensa vantagem aos principais rivais, o Fiat
Uno, Peugeot 205 e Opel/Chevrolet Corsa.
A geração do Fiesta lançada em 1995,
que ficou em produção até 2002, foi inteiramente refeita, incluindo um novo
sistema de suspensão, outro defeito nunca corrigido, e que deu ao Fiesta um dos
melhores níveis de dirigibilidade em sua categoria, e o novo motor Zetec fez
muita diferença. Lá fora, porque aqui no Brasil tínhamos apenas a versão 1,0 litros,
nas versões L, LX e GL, também vendidas na Argentina e Chile.
Em 1999, a Ford criou, afinal, uma
carroceria bonita e harmoniosa, visando dar ao carro um visual New Edge, e um
novo motor 1.6i 16V Zetec. Da África so Sul vinham os motores 1,3 e 1,6 litros Rocam
com 8 válvulas, eu originalmente equipavam o Ikon, aqui conhecido como Fiesta
Sedan. São extremamente confiáveis, e se tornaram um dos sucessos da Ford. Mas
foi em 2002 que o departamento de estilo saiu das cavernas e criou um design
realmente atraente, trazendo o Fiesta, em sua quinta geração, a um patamar bem
mais elevado. Os motores permaneceram os mesmos, porém rebatizados como Duratec.
No Brasil, as opções de motor eram 1,0
e 1,6 litros, 8 válvulas, flex, enquanto nos países aqui vizinhos o motor era
um 1,6 litros com 98 Cv, e como opcional
uma transmissão automática de 4 velocidades. Para nossa depressão, há também um
motor 1,4 litros a diesel. Fabricado aqui. E proibido aqui. Onde o novo
facelift só chegou em 2007, como modelo 2008.
E chegou, finalmente, a sexta geração
do Ford Fiesta, produzido inicialmente na fábrica da Ford em Colônia, Alemanha,
posteriormente em Valência, Espanha, depois foi a vez da China, Tailândia, México
e, afinal, Brasil, além de Venezuela, Argentina, Índia, Taiwan, estados Unidos
e África do Sul. Se esse não é um carro Global, não sei o que pode ser.
O New Fiesta 2014 é oferecido no
Brasil nas seguintes versões:
S, 1.5 16V, 107 / 111 Cv, 5 Portas,
câmbio manual, flex, R$ 38.990,00
SE, 1.5 16V, 107 / 111 Cv, 5 Portas,
câmbio manual, flex, R$ 42.490,00
SE, 1.6 16V, 125/130 Cv, 5 Portas,
câmbio manual, flex, R$ 45.490,00
SE, 1.6 16V, 125/130 Cv, 5 Portas,
câmbio automatizado sequencial, flex, R$ 48.990,00
Titanium, 1.6 16V, 125/130 Cv, 5
Portas, câmbio manual, flex, R$ 51.490,00
Titanium, 1.6 16V, 125/130 Cv, 5
Portas, câmbio automatizado sequencial, flex, R$ 54.990,00
Em todas as versões, em janeiro foram
comercializadas 7.615 unidades, em fevereiro 5.750, em março 9.239, no mês de abril
8.440, em maio foram 11.395, junho registrou 12.995 e em julho foram 14.375,
totalizando 69.809 unidades emplacadas. O modelo, em todas as versões, ocupa a
6 ͣ colocação no ranking dos carros mais vendidos no país (o líder Volkswagen
Gol registra 143.481 unidades comercializadas), e a 5 ͣ colocação em seu
segmento, o dos hatchback compactos. Seus principais concorrentes são: Chery
Face; Chevrolet Ágile, Celta e Corsa; Citroën C3; Effa M100, Fiat 500, Pálio,
Punto e Uno; Kia Picanto; Mini Cooper; Peugeot 207; Renault Clio e Sandero;
Volkswagen Fox, Gol e Polo.
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