sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Volkswagen Amarok Trendline: da América do Sul para o mundo!



Até bem pouco tempo, o mercado brasileiro de pick-ups compactas, médias e grandes apresentava poucas alternativas. O conceito das compactas – derivadas de veículos de passeio – foi introduzido pela Fiat com o Fiorino, dominado amplamente pela Volkswagen com a Saveiro (com 40.942 unidades comercializadas em 2013) e, posteriormente, retomado pela Fiat com a Strada. (72.925 unidades vendidas até o momento). Ford, GM e, posteriormente, Peugeot, nunca conseguiram fazer nem sombra aos concorrentes. Juntas, somam 29.494 unidades emplacadas neste ano. Assim como a disputa pelo segmento dos hatchback compactos e médios também esta polarizada entre a montadora italiana e a alemã. Quando o assunto é pick-up média,  o quadro vira ao contrário. Por volta de 1995 trouxe a S10, com a Ford também entrando na disputa, com sua Ranger. Toyota Hilux, Nissan Frontier e Mitsubishi L200 foram entrando no páreo de um dos segmentos mais disputados de nosso mercado. As ofertas são muitas, as alternativas idem – cabine simples, cabine estendida, cabine dupla, movidas a gasolina, flex, diesel, transmissões mecânicas ou automáticas, tração 4x2 ou 4x4 e dúzias de níveis de acabamentos, além de volta e meia aparecer alguma versão especial comemorativa – deixam a cabeça do consumidor totalmente confusa.

Bom, era demais esperar-se que uma montadora com o perfil da Volkswagen resistisse muito tempo a tentação de também embarcar nessa disputa, não é? Afinal, a despeito dos valores aplicados a cada modelo e versão, astronômicos ao se pensar tratarem-se de pick-ups, que deveriam ser nada mais do que utilitários para carregar cargas e viver no meio da lama, contando com a participação da coreana Ssangyong, até o momento foram comercializados mais de 100.000 veículos 0/km do setor em nosso mercado. Em 2005, a Volkswagen botou seus departamentos de engenharia e estilo pra trabalhar; e em dezembro de 2009 jornalistas de todo o mundo conheceram seu mais novo produto, que só chegou aos olhos do público consumidor em 2010: o Amarok!


Como já mencionado, é a primeira incursão da montadora alemã no segmento, embora tenha know-row de sobra quando o assunto é transporte de carga, além do que assimilou com o projeto conjunto com a Audi e a Porsche em seu SUV Touareg. O Amarok é uma pick-up de tamanho médio, agora em 7 versões: S – Cabine Simples Turbo Diesel 140 Cv 4x2, Cabine Simples Turbo Diesel 140 Cv 4x4 e Cabine Dupla Turbo Diesel 140 Cv 4x4; SE – Cabine Dupla Bi-Turbo Diesel 180 Cv 4x4; Trendline - Cabine Dupla Bi-Turbo Diesel 180 Cv 4x4; Trendline Automática – Cabine Dupla Bi-Turbo Diesel 180 Cv 4x4 e Highline Automática – Cabine Dupla Bi-Turbo Diesel 180 Cv 4x4. As versões S Cabine Simples foram introduzidas em 2013. Seu design é bem robusto, bem elaborado, com acabamentos inspirados em outros modelos da linha recente da marca, e tem como ponto forte um dos maiores espaços internos da categoria. Montado na planta de General Pacheco, Argentina, o Amarok – que significa Lobo em Inuit, nação indígena esquimó que habita as regiões árticas do Canadá, Alasca e Greenland – tem 60% de sua produção (90.000 unidades) voltada ao mercado brasileiro, com os 40% restantes divididos entre a própria Argentina e todo o restante da América do Sul, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, México, Rússia e parte do Leste Europeu. A unidade de Hannover, na Alemanha, havia ficado de fora da produção do Amarok, devido a crise financeira europeia, mas foi incorporada em 2012 para suprir o mercado do restante da Europa e demais pequenos mercados geograficamente mais próximos, com produção anual de 40.000 unidades.


As duas alternativas de motorização do Amarok são o 2,0 litros, Turbo, com 140 Cv e o 2,0 litros Bi-Turbo com 180 Cv. Entres seus concorrentes movidos a Diesel, apenas o sul-coreano Ssangyong Actyon Sports utiliza motorização 2,0 litros, Turbo, com 141 Cv de potência. O Chevrolet S10 usa um motor 2,8 litros, Turbo, com 180 Cv; o Toyota Hilux tem motor 3,0 litros, Turbo, com 171 Cv; o Mitsubishi L200 varia entre uma unidade 2,5 litros, Turbo, com 121 Cv e um motor 3,2 litros, Turbo, com 170 Cv; o Ford Ranger é equipado com um motor 3,0 litros, Turbo, e 163 Cv ou um grande 3,2 litros, Turbo, com 200 Cv e o Nissan Frontier utiliza motor 2,5 litros, Turbo, com 172 Cv. As transmissões possíveis são manual de seis marchas ou automática de 8 velocidades, e a tração, com exceção da versão S, é sempre 4x4 integral.

Avaliar carros 0/km, ainda mais em eventos de lançamento, é muito simples. Os carros a disposição estão impecáveis, dentro de um “cercadinho” programado como traçado, tudo funciona perfeitamente bem e um grande staff  técnico está a disposição para corrigir qualquer eventual falha, apesar de que os carros utilizados nessas situações sejam amplamente preparados e cuidados, nos mínimos detalhes, para que nada de errado aconteça e, as vezes, inclusive, com a chatice de o profissional que vai avalia-lo, para posteriormente emitir sua opinião, ser acompanhado por um “encarregado”, que fica o tempo inteiro cornetando o que deve e o que não deve ser feito. Se o profissional que esta ali para avaliar o carro não é considerado competente para tanto, não deveria estar ali, não é? Se está, é porque sabe o que faz, e não precisa de co-piloto.

Avaliar um mesmo carro, com 3 anos de uso, é outra história. Todos os “sensores” do profissional estão alertas; antes de qualquer coisa, aquela voltinha em torno do carro – que, para minha alegria, não é preto, branco ou prata, como 99,9% dos carros atuais – ver estado e calibragem dos pneus, se as lanternas, faróis, limpadores de para-brisas estão no lugar e funcionando, levantar capô do motor e conferir todos os reservatórios de fluidos e, estando tudo ok, hora de ver o carro por dentro. Se teve algum item substituído ou não, impossível saber; o fato é que tudo, absolutamente, no interior do Amarok CD Trendline 2.0 Bi-Turbo, 180 Cv, automático, 4x4, 2011 avaliado aqui está novo e funcionando perfeitamente. Sentado no banco do motorista, cinto de segurança ajustando, retrovisores ajustados, tudo certo, dar partida e ler o odômetro: 116.061. Você pensa: caramba, esse carro rodou quase 38.000 quilômetros por ano, o que dá uma média de 3.000 quilômetros por mês, o que significa 3 algo em torno de viagens entre o Rio Grande do Sul e São Paulo mensalmente, e lembra-se do que esta escrito no documento do Amarok: primeiro dono, Volkswagen do Brasil, ou seja, é um modelo da própria frota da montadora, o que significa que o carro tem obrigação de estar perfeito, já que foi usado por alguém por e para a própria marca!


Aí você pensa: pode estar perfeito, lindo e funcionando mas rodou 116 mil quilômetros; e eu respondo: e daí? Uma pick-up desse segmento, com esse tipo de motorização, deverá rodar, no mínimo, 400 mil quilômetros sem apresentar nenhum defeito que não sejam as costumeiras trocas de componentes de suspensões e detalhes elétricos, se for bem cuidado, revisado, alimentado com diesel, óleos e fluidos de qualidade. Então, restam no mínimo 284 mil quilômetros de vida útil integral no carro.
Um Amarok CD Trendline Bi-Turbo, diesel, automático, 4x4, 2013, 0/km, branco, custa em média R$130.000,00. O modelo aqui apresentado é 2011, com pintura metálica, é oferecido por R$85.000,00. São R$ 45.000,00 a menos pelo mesmo produto, também com condicionador de ar, vidros e travas com acionamento elétrico, direção assistida, rodas em liga leve, freios ABS, manual do proprietário e película nos vidros, capota marítima e cd-player, que não fazem parte do pacote original.


O Amarok Trendline CD Bi-Turbo 4x4 2011 avaliado está a venda na Bana Motors, cuja sede fica na Rua Major Heitor Guimarães, n° 637, bairro Seminário, Curitiba, Paraná, e atende pelo fone 41 3314-9970

Renato Pereira – blogtruecar@gmail.com

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