quinta-feira, 18 de julho de 2013

Derrubando Mitos: Óleo Lubrificante – Capítulo 3

Bom, agora que já entendemos tudo de Petróleo, motores, funcionamento etc, vamos então chegar na parte do Óleo Lubrificante que o consumidor vê mas, quase nunca, sabe o que significa aquele monte de letrinhas...
4 – Depois de tudo o que lemos até aqui sobre os Óleos Lubrificantes, sabemos portanto que as principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o índice de viscosidade e a densidade; sabemos que a viscosidade determina a dificuldade para que o óleo escorra , que quanto mais viscoso for um lubrificante – grosso –, é mais difícil escorrer e, portanto, é maior sua capacidade de manter-se entre as peças móveis lubrificando-as. Essa viscosidade não é constante, variando com a temperatura que, quando aumenta, diminui a viscosidade e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade aponta a variação da viscosidade com a temperatura, ou seja, quanto maior o índice, menor será a variação de viscosidade do óleo; e a densidade indica a massa de um volume de óleo a uma certa temperatura, sendo importante para indicar se há contaminação ou deterioração de um lubrificante. Para facilitar a identificação do Óleo Lubrificante, existem várias classificações, sendo as mais usuais a SAE e a API.
A Classificação SAE foi estabelecida pela Society of Automotive EngineersSociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos, classificando os Óleos Lubrificantes pela viscosidade, indicada por um número e, logicamente, quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante, que é dividido em três categorias:
Óleo de Verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60. Os números indicam o grau de viscosidade.
Óleo de Inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W. Os números indicam a temperatura que suportam antes de congelar.
Óleo Multiviscoso (Verão e Inverno): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50. A letra W é do inglês Winter, que significa Inverno. Os números indicam a viscosidade e a temperatura de congelamento.
A Classificação API foi desenvolvida pelo American Petroleum InstituteInstituto Americano do Petróleo, também nos Estados Unidos, e baseia-se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, ou seja,  no tipo de serviço do qual o motor estará sujeito, sendo classificados por duas letras, a primeira indicando o tipo de combustível e a segunda o tipo de serviço. São elas o S – de Service Station ou Posto de Gasolina em inglês, para uso em motores a Gasolina, etanol, Etanol e GNV, ou C – de Compression, para motores a Diesel. A segunda letra é por ordem alfabética, iniciando-se pelo A, e indica o grau de evolução do Óleo, sendo então o Óleo classificado como SA, SB, SC, SE, SF, SG, SH, SJ e SL. A classificação mais atual é a API SL; então, quando é indicado um Óleo com classificação SJ, pode-se usar um Óleo SL, mas o contrário não é recomendado. Essa regra vale para os motores a Diesel também, somente até a classificação CD, seguindo a evolução das letras do alfabeto: CA, CB, CC, CD, CE, CF, CG, CH e CI. Há também uma separação da categoria em mais dois ramos, o CD-II e outro mais recente CF-2. Por último, temos o Óleo Lubrificante para motores a gasolina 2 tempos, que abrangem 3 níveis de desempenho: API TA, TB e TC.
Basicamente, para que não haja problemas decorrentes de contaminação ou envelhecimento, o Óleo Mineral do motor deve ser substituído a cada 5.000 km, o Óleo Semi-Sintético a cada 7.500 km e o Óleo Sintético a cada 10.000 km. Pense, no entanto, que o tempo em que o carro fica em marcha lenta ou parado no trânsito, colabora com os 17% de perda de energia gerada pelo motor nessas condições. Isso significa que o fato de o carro estar parado com o motor em funcionamento quer dizer que o tempo de vida do Óleo Lubrificante está sendo reduzido. 


Renato Pereira – blogtruecar@gmail.com

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