sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Galpin GTR1: A evolução do Ford GT!



Coisas que só parecem dar certo em outros países, apesar de o Brasil ter talentos, mão de obra e capacidade de sobra para fazer melhor: um revendedor de carros, que decide fazer um “algo mais” em alguns modelos, dá certo, amplia suas ações e torna-se, então, um especialista em personalização, criando, produzindo e comercializando suas criações quase em série. Sim, já existiram empreendimentos semelhantes por aqui; na maioria das vezes, as alterações eram puramente estéticas, preservando-se os conjuntos mecânicos a fim de manterem-se as garantias de fábrica. Em outros casos, as mudanças estruturais eram muito grandes, apesar de perfeitamente executadas, as garantias eram mantidas pela empresa responsável e só se pode entender a extinção desse trabalho devido ao valor extorsivo de cada modelo escolhido para a personalização, elevando demais seu valor final, que tornou impossível sua continuidade com a entrada dos importados, além da mania de acharmos que as coisas feitas aqui não prestam etc... o que é uma pena.
Enquanto isso, nos Estados Unidos que tanto admiramos, toda ideia é bem vinda e, se for bem feita, a indústria agradece e apoia. Tanto as montadoras quanto os fornecedores. Algumas vezes, o trabalho transforma-se em programa de televisão, mas trabalho sério, bem feito, bem elaborado, sem embromações e com resultados irretocáveis. Chip Foose, Boyd Coddington e  West Coast Customs servem bem de exemplo. Roush, Edelbrock, Paxton, Dynatech e tantos outros aproveitam a vitrine e tornam seus produtos mundialmente conhecidos. Simples, não é?
Como a Galpin Auto Sports, uma simples concessionária e oficina localizada em Van Nuys, fundada em 1946 por Frank Galpin (posteriormente adquirida por Bert Boeckmann) que se tornou em uma especialista na personalização e remodelação veículos, além de agora fornecerem peças de reposição. A empresa tornou-se conhecida quando substituiu a West Coast Customs no programa Pimp my Ride. Está certo que o programa não era dos melhores, mas foi o embrião de tudo o que se vê hoje (inclusive do inaceitável Lata Velha brasileiro) e agora estrelam o Knight Rider, onde estrearam com o magnífico Ford Mustang GT500 KR.


Como tudo que é bom tende a evoluir, a Galpin Motors é hoje a maior concessionária Ford em volume de vendas no mundo, além de administrar uma imensa rede de concessionarias Lincoln, Mazda, Jaguar, Volvo, Aston Martin, Lotus, Honda e Subaru na Califórnia. Para coroar tamanho êxito, a empresa apresentou em Pebble Beach Concours d´Elegance sua mais nova criação, o Ford GTR1.


Baseado, como se pode imaginar, no Ford GT que tanto sucesso fez e tornou-se um mito, o GTR1 é a visão da Galpin Auto Sports da continuidade do modelo em produção. Além de toda a beleza das linhas da carroceria, que receberam um pequeno mas acentuado retrabalho, o  GTR1 recebeu um motor 5.4 litros V8 twin-turbo com 1.024 cavalos de potência, câmbio manual de seis marchas, freios a disco nas quatro rodas, o que garantem que o pequeno esportivo ultrapasse os 330 km/h.  Sua estrutura, toda em alumínio, é feita a mão, com o emprego de fibra de carbono, interior todo em couro, sistema de som McIntosh e, como toda jóia sobre rodas, sua produção será limitada.


Isso significa que sim, é possível a qualquer mortal comprar um Ford GTR1 Galpin, mas o valor, como se pode imaginar, não será muito baixo. Para os interessados, importar direto pode ser uma solução, embora complicada e trabalhosa, e o mais indicado é que se procure empresas sérias, idôneas e acostumadas aos trâmites desde a compra até a entrega do carro ao cliente no Brasil. Em Curitiba, a Bana Motors (www.banamotors.com) e em São Paulo a Bremen Motors (www.bremenmotors.com.br) oferecem toda a estrutura necessária para tanto.


Renato Pereira – blogtruecar@gmail.com

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